sábado, 11 de fevereiro de 2012

O Pásssaro

                                                              por Giovanna Perroni
                                   
Eis que pousa em mim um pássaro estranho
Seus olhos me penetram um sopro profundo
Traz pra mim uma mensagem muda                                                            Foto:Fernando C.C.Castro
tira de mim um grunhido estrondoso
Minhas memórias estão girando e gritando
tentam se libertar, e eu pergunto
"Você esta resistindo?"
As palavras caem como pedras
surdas e violentas
Como o céu cinza e gelado
Eis que a feição do pássaro
quase uma estátua que aprisiona uma alma fria
é quase concreto as penas pálidas quase azuis, quase nada
quase negras
Quase tudo que esta se junta num exército
em socos graves e abafados que pula o meu coração
Suas unhas em um movimento compulsório
um gesto delicado
dançam na dor dos meus olhos vidrados
No alem do mais esta minha vida
Essa feição me é comum, e comum é o espelho
Eis que a Ave toma seu posto de rei
o Mundo é pequeno
e não dura mais do que um dia.

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